quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Ser Feliz... Juntos ou Separados?

Tive um papo mais ou menos sobre esse assunto. Foi numa das travessias Praça XV-Niterói... Uma menina quis companhia para não ir sozinha até a praça xv... E fomos conversando... Quando me perguntou se eu não ligava de ir sozinho, pois estava andando sozinho, respondi com outra pergunta: "E você? Gosta de andar sozinha ou tem medo de andar sozinha"...


Dias antes, recebi um link para ler uma entrevista da Veja, também sobre o assunto (link para quem quiser ler se encontra no final do texto)

Pronto, foi o suficiente... Percebi, com ela e já há algum tempo, com amigas mais ou menos com esses pensamentos...

Para início de conversa, quero já dizer o que eu acredito: eu acredito em momentos e fases... Eu acredito que em um certo período de tempo nós queremos algum tipo de coisa, que pode ganhar a forma de uma pessoa. Acredito que há o tempo de ficar solteiro e sozinho, há o tempo de ficar solteiro mas não solitário, e há, por incrível que pareça, o tempo de casar (qualquer modelo de casamento, diga-se de passagem). Inclusive, acredito que esses momentos e essas fases estejam íntimamente ligadas a idade... Seria uma espécie de conjunto de elementos.

As mulheres mais novas, preferem ficar sozinhas. E não estão nenhum pouco desesperadas, como nós homens podemos imaginar...

E elas estão bem. Ficar assim, é uma opção, mesmo podendo escolher entre várias alternativas, pois são sempre assediadas. Essas mulheres preferem sair com um cara ali, outro aqui e outro acolá... E, estranhamente, acham que nenhum desses sujeitos cabem em suas vidas. E por se verem nessas circunstancias, obviamente, decidem continuar sozinhas... e voltam para seu próprio eixo, ficando sempre no 1º encontro, no 1º sexo... E os homens também ficam nessa autoarmadilha... Pois agem da mesma forma.

Durante muito tempo nós homens somos taxados por sermos egoístas, inclusive no sexo. Hoje, isso não é exclusividade masculina. Homens e Mulheres são egoístas e esses mesmos homens e mulheres estão atrás de uma alegria, uma felicidade. Infelizmente, ainda não sabem o que é, talvez pela "fase" que estejam, não conseguem enxergar muito além...

Avaliando todas as situações que já presenciei de amigos e amigas, vejo que os amigos mentem para si mesmo e para os outros amigos. E as amigas, percebo que querem tudo e ao mesmo tempo não estão satisfeitas com nada nem ninguém, porque o nada e o ninguém não estão à altura de um relacionamento "sério", pois não sabem o que de fato buscam... As pessoas estão cada vez mais impacientes, não podem esperar, experimentar mais um pouco porque não há tempo para isso... Tem de vir pronto, igual a um pedido na fila do Mc Donald's: "Hummm... Não... Próximo!, Ih! Tô fora, próximo! Próximo por favor!" E a fila vai andando, mas não sabe pra onde está andando... Não sabe onde quer chegar... E não assumem que estão, muitas vezes, dando voltas em seu próprio eixo... Já que essas mulheres e homens estão numa fase "frenética" em suas vidas, de aproveitá-la da forma mais rápida possível, como se 2012 realmente fosse o fim...

Talvez o problema de tudo isso seja o fato de não querer o "fácil", o "óbvio" ou o que as mulheres acham que "já possuem": Tenho um amigo
que faz das mulheres gato e sapato, pisa, maltrata, etc... Ou melhor, fazia, pois ele está em uma outra fase em sua vida... Sossegou e atualmente está casado...

Mas na fase anterior, para conseguir conquistar uma mulher, até chegar ao sexo, caprichosamente como podia... Após alguns atos perfeitos, quando a mulher estava bamba e apaixonada, ele soltava o verbo... Avisava para não se apaixonar, porque ele não era "disponível".

Mas ele não era disponível, porque não queria ser ou estar disponível, queria aproveitar a vida, com liberdade, sem ter de se preocupar com ninguém ou dar satisfações. Não queria namorar, até chegava a mentir, dizendo que tinha uma namorada ou estava apaixonado por outra, etc...
Chegava a dizer que ele valorizava muito a própria liberdade. O pior de tudo, é que era tudo verdade (tirando a namorada e a paixão) mandava assim mesmo, às claras, tudo para que elas "desistissem" e caissem fora, para que nunca mais o procurasse, para qu a fila volte a andar, já que ele conseguiu o que queria: sexo.

É Incrível!! O que até hj eu não entendo é o efeito colateral: as mulheres ficavam looooucas!!!

Concluo o seguinte: Na impossibilidade de ter, queriam. Como não podiam ficar com ele, não procuravam mais ninguém. Virava obsessão. Talvez assim como nós homens queremos provar para nós mesmos: "EU VOU CONQUISTAR AQUELA MULHER (ou uma outra finalidade...)", por puro desafio e ego. Hoje as mulheres acabam fazendo o mesmo, inclusive, é uma das maiores reclamações que escuto (quando acontece, não quando fazem, rs!). Querem conquistar também! E querem provar para si mesmas, o quanto poderosas elas também são... E vamos girando no próprio eixo...

Aí eu páro e penso.. E o contrário? Bem... Aí entra o bonzinho... Todas as minhas amigas falam desse cara... Ele é somente um cara qualquer... Alguém que telefona, que dá atenção, que cuida, que se declara repetidas vezes, que é presente, que aceita conversar, que escuta, que fala...

Isso, segundo elas, sufoca. Sufoca simplesmente porque não cria "dificuldades" ou "dúvidas" ou "inseguranças". Esse bonzinho não causa confusão, é previsível, se ela ligar para ele, saberá onde está e com quem está, logo, ele não serve. Por isso, hoje, quem se achar nessa casta, aceite meu conselho: se esconda, dissimule, não mostre o que você é. Mas apenas para as mulheres que estão nessa fase... Perda de tempo, tiro n'água. Se já mostrou, pare! Fiquem sozinhos pois para essa casta, não há escolhas, porque jamais serão opções nessa fase. As pessoas dessa casta podem até mudar o guarda-roupa e a aparência mas sua índole ou seu carater não conseguirão mudar...

Mas já falei muito dessa fase, vamos avançar para a seguinte...

Depois da idade oba-oba, vem a idade perigosa... Tanto para o homem, quanto para a mulher. É a idade que já não olham tanto para você e sim para as pessoas mais novas...

Nesse ponto, confesso que me sinto pessimista... Não só tenho amigos e amigas na faixa jovem, tenho também amigos e amigas na faixa mais experiente, digamos assim. Dentre essas pessoas, certa vez eu tive uma conversa parecida com uma amiga muita querida e que já é experiente, tem seus 40 e poucos (ou muitos) anos, tem filhos, separada e acabou de terminar um namoro muito importante. Ela está muito pra baixo, ela tem a sensação de que as dores de amor são cada vez maiores, que o tempo para se recuperar é cada vez mais longo e uma nova paixão, que viria a enterrar a dor do relacionamento anterior, é cada vez mais rara. Os filhos, mesmo crescidos, dão mais trabalho e menos atenção, a vida é dura para ela e ela já não é ou não se sente atraente como costumava ser. Eu tentei animá-la o quanto pude, juro! Pois eu sempre tento ajudar minhas amigas ao menos num bate-papo em alguma mesa de bar pelo Rio de Janeiro e/ou Niterói... Mas ela já está desacreditada... e confesso que saí da conversa mais pesado do que entrei... Você pode estar pensando: "Mas há mulheres e homens que são desse jeito, ou seja, que procuram sempre um relacionamento, não sabem e não aceitam ficarem sozinhos por muito tempo." Sim, concordo com você... Mas... E seu disser que ela é assim, somente agora? Antes ela era como a mulher anterior que comentei, a mulher poderosa e "fodástica"? É... Aquela fase acabou... Ela não queria, mas acabou... Nada é eterno...

As mulheres da fase oba-oba não são revolucionárias ou terroristas. Elas herdaram a liberdade feminina. As mulheres atuais, são, de fato, sexualmente livres, economicamente independentes e que também tem pleno direito à felicidade. E como todo jovem, acham que essa fase maravilhosa que passa na vida de todos, jamais acaba... E, pelo que vejo, e escuto, não é bem assim que acontece. Depois de algum tempo o sexo escasseia quando se deixa de ser jovem e bonita. E muitos de nós aprendem na pele que felicidade não é sinônimo de liberdade e/ou igualdade. Talvez seja o contrário, o que seria muito humano. E agora não podem mais girar no próprio eixo, pois a idade não mais permite... E não há mais tantas opções disponíveis. O mercado antes farto, com a demanda maior que a oferta, agora se inverteu...

É claro que a culpa pela infelicidade feminina, nessa fase, não é dos homens. Como disse antes, as mulheres fizeram escolhas. Elas escolheram com quem e como gostariam de viver. Algumas decidiram em quantas vezes iriam se casar ou se separar. Se seriam mães ou não, algumas optaram por deixar a carreira ou até mesmo os sonhos de anos para depois, por causa da outra pessoa. Isso foi escolha, não imposição. É claro que estou falando de mulheres da classe média e a alta, quem tem mais "liberdade" e mais escolhas.

Também tem o contrário... optaram por cuidar da carreira acima de tudo e agora se sentem solitárias, isso também foi por causa de escolhas. E o 2º filho, o casamento que é um tédio?  A solidão que apavora? Tudo vem das escolhas. O amor que infla seu coração? Uma família que é felicidade pura? Sua estabilidade? O que não é escolha, é azar, como o abandono. Ou sorte, que também existe. E homens e mulheres esquecem que a natureza não é boa para todos... Poucos tem opções em toda sua vida....

Tenho uma outra amiga que percebeu isso, e nem chegou nos quarenta ainda... Ela separou, depois de muito pensar e resolveu aproveitar a vida... Ela virou (não sei se ainda é) a versão feminina do amigo que relatei a pouco. Imagine ele sendo ela. Imaginou? Pois é... Fazia exatamente a mesma coisa com os homens. E ela percebeu que, apesar dela se relacionar com muita gente, que conseguia seduzir quem ela queria e quando queria, manipulava o jogo como ela queria, ela percebeu que continuava sozinha, pelo menos se sentia sozinha. E tinha (tem) muito amigos. mesmo assim, faltava algo...
Inclusive ela jurou para mim que jamais se apaixonaria pois ela é muito "má", gosta de maltratar, etc... Até conhecer um cara que fez com ela a mesma coisa... Estranhamente, aquela mulher "fodástica" passou a não existir mais, pelo contrário, ficou igual as mulheres que cairam na lábia do meu amigo relatado anteriormente: Perseguiu, foi a trás, queria porque queria o cara... Um dia estávamos sozinhos, ela queria desabafar um pouco. Escutei, escutei, escutei... E escutei... E... perguntei: "E aquele papo de que jamais se apaixonaria ou namoraria alguém?" Até hoje, fiquei sem resposta... E até hoje ela está procurando a resposta... A resposta ainda não encontrou mas hoje ela se encontra "casada", não com aquele sujeito que matou a mulher "fodástica" que conheci e que fez ela ficar desconcertada, mas com um outro. Mais simples, sem status, o cara pobre mas limpinho. E é quem ela realmente gosta, que é feliz. E ele a idolatra, sempre que estou com eles, vejo-os com um brilho nos olhos como se fosse seu 1º amor. Bonito, não? Ninguém me contou... Eu vi!

Para ela hoje é isso que importa... Perguntei até sobre o "Projeto 40 anos", que era de seduzir algum rapaz de 20 anos, quando ela passasse dos 40. Queria provar para ela mesma que ela ainda era poderosa, que podia seduzir ainda quem ela quisesse. Mas ela não levou à frente. Como falei, se "casou" antes dos 40... E ela é extremamente bela, poderia até replanejar para depois dos 50 que conseguiria seduzir de forma fácil, algum jovem... Anyway...

Infelizmente, hoje em dia, não importa em que fase a pessoa esteja, a palavra "namoro", "casamento", "ficantes fixos" ou qualquer outra palavra que tenha algum significado de relação à dois, (sobretudo sexual e afetiva) perdeu o sentido. Qualquer uma delas virou uma palavra anacrônica, que segundo o meu amigo Aurélio (sim ele mesmo, o dicionário), a palavra anacrônica significa "O que está em desacordo com a moda, o uso, constituindo atraso em relação a eles".Moda, talvez esse seja o ponto... Ou o mundo está ficando cada vez mais individualistas... Ah! O mundo moderno... Estou com "fome", saio e "como uma pizza..." A maioria dos homens e mulheres hj em dia fazem exatamente isso... Hj estou com vontade, vou sair escolher uma pizza e comer... simples assim. Mas então... porque muitas das pessoas não continuam na fase anterior, se é tão bom assim? Estranho, não?

Mesmo com tudo isso, eu acredito que a pessoa pode ser feliz, sozinha, sim! Mas não como o texto do tal Francês sugere, pois falta o elemento principal: em que momento da vida ele se refere? Garanto que não é dos 18 aos 80 anos. E não antes da pessoa se conhecer muito bem, ter convicção de que realmente é a escolha mais acertada... E ser capaz de aceitar o erro, caso perceba mais à frente. Na vida, isso é natural de acontecer.

Uma outra amiga minha que também gosto muito certa vez me disse algo que eu jamais esqueci: "não há problema algum se você ficar sozinho em casa, pelo contrário, pode até ser um ótimo "programa", desde que você goste de si próprio e seja capaz de ouvir seu próprio pensamento." Foi num desses chopps à dois, pois ela queria conversar um pouco, desabafar mesmo... Ela saiu bem do nosso bate-papo. Mas acho que ela não perebeu que ela fez muito mais para mim, do que eu paraela, quando ela me disse isso... Acho que ela está certíssima, mas não deve ser sempre fácil. Assim como no trabalho, devemos pensar na nossa vida a longo prazo, não somente no hoje... Porque pode ser tarde demais..

Concluindo: Essas pesquisas são como pesquisas de dieta, hora a manteiga é o vilão, hora é a margarina... Não retratam a vida com ela é...

Não acho que seja impossível ser feliz sozinho... Tendo amigos, estar de bem consigo mesmo, são fatores fundamentais. O inferno astral seria ser infeliz à dois... Isso é, no mínimo, um veneno... Mas para isso é preciso passar e ter um pouco de paciência, não acham ?

Tenho uma amiga, a Lucia, que trabalhamos juntos por muito tempo e hoje ela abriu uma cafeteria,uma pessoa muito humana e muito sábia... Ela passou por várias coisas na sua vida, tem experiencia de sobra... Por isso, dá conselhos as amigas mais jovens... Principalmente na fase do "não sou de ninguém, sou de todo mundo". As amigas falam que é besteira, que não querem ninguém... Ou melhor querem, os de novela talvez, assim como nós homens queremos as mulheres Juliana Paes talvez. Tempos depois, aparecem com namorado... Dias antes de apresentar, ficam se "explicando", seja por email ou telefone: "Ele não é muito bonito, é um pouco gordinho", ou "é careca mas é boa pessoa"  :-) Por mais amiga que seja, sempre fico quieto, mas a vontade é de perguntar: "E a ideia de ser sempre solteira, mas jamais sozinha"... Somente vejo que não preciso perguntar nada... O "seu" tempo acabou, pulou de fase... Concluo que o "sonho acabou"... Algumas lembram do conselho da Lucia e, para algumas outras, o mercado começa a ficar escasso... Nesse ponto, a pessoa vai descobrir se pode ou não viver sozinha... e o tempo não é mais um aliado, vira inimigo... E como todo inimigo, é cruel, implacável e sem compaixão... Procure descobrir antes dessa fase, se vc consegue viver feliz sozinha, sei que na fase do oba-oba isso nem passa pela cabeça, mas é bom avaliar.... E muitas jamais admitiram isso, preferem dissimular e mostrar a todos que estão "muito bem, obrigada" e continuam com a frase pronta: "Sou solteira mas não sou sozinha", como os homens também fazem... E quando saímos pra guerra, vemos o "desespero" dessas mesmas pessoas que se mostram tão "tranquilas".

Um último exemplo: certa vez duas samigas marcaram de sair... Sugeri um lugar com show ao vivo, mas que começa por volta das 20h00... Me dirigi para lá, no horário combinado e quando cheguei, recebi a ligação de uma delas: "Ivanzinho, passei no local mais cedo e achei um pouco vazio, aí decidimos ir para um barzinho na Lapa, com mais movimento, vem pra cá!" Eu fui? Claro que não... Elas são duas amigas bem resolvidas, com um "mercado" farto... Mas mesmo assim, se achar que um local não é propício para azaração, não serve... Talvez seja a diversão delas... talvez, por mais pessoas que tenham à volta, ainda não sabem o que querem...

Resolvi perguntar: "O que vocês procuram?" Não souberam responder... Fica difícil, não? resolvi ficar no show.. Fiquei sozinho e me diverti muito... No dia seguinte, perguntei para elas e elas responderam que não foi nada bom, pois não conheceram ninguém... Pode parecer, mas não são sozinhas.

E então? Em que fase você se encontra ?

Se quiserem ler um texto mais claro e realista, não uma tese de doutorado feito por um Francês, leiam o seguinte texto da Martha Medeiros, jornalista do O Globo. Infelizmente, não encontrei o link correto, de um site ofical da Martha Medeiros, encontrei o texto, em um blog. Mas serve para ler.

http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,0,2793617,Martha-Medeiros-E-impossivel-ser-feliz-sozinho-.html

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Entrevista: Flávio Gikovate
Não precisa casar. Sozinho é melhor
O psiquiatra decreta a morte do amor romântico e diz que a vida de solteiro é um caminho viável para a felicidade

Fonte:
http://veja.abril.com.br/entrevistas/flavio_gikovate.shtml


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sexta-feira, 19 de março de 2010

Transporte de lixo para população que "sustenta" Governos



É isso que eu falo. 98 % dos Brasileiros tem sangue de barata, inclusive eu. Felizmente, alguns não são. Para esses eu bato palma. Se todos fizessem isso, dariam um jeito de melhorar. Quando empresários fizerem as contas e verificarem que é mais barato investir em estrutura e qualidade ao invés de pagar indenizações, as coisas vão melhorar. Mas o povo não... gosta de desconforto, demora, super lotação, passagens caríssimas ( o Rio é um dos estados com tarifas de transporte mais caras do Brasil). O povo tem sangue de barata. O povo poderia se juntar e mover uma ação popular no MP Estadual, por exemplo.

Fato fortuito ? Caso atípico ? Quem utiliza o serviço todos os dias sabe que situações "atípicas" acontecem TODOS OS DIAS.

É uma conivência generalizada: Do Governo, que faz vista grossa e dos usuários de transporte, que fingem que está tudo bem.

E o país das maravilhas continua com suas Alices.

E eu que torcia para ter metrô em Niterói... Putz... Hj dou graças à Deus que não tem... Tomara que a Juíza dê ganho de causa a ação popular do MP, que quer limitar a venda de passagens do Metrô. O MP está certo: Ninguém pode vender o que não tem. No caso do metrô, "vender" mais lugares do que as composições suportam. Só mexendo no bolso, que os empresários começam a se coçar...

Lembrem-se que estamos falando de metrô. Imaginem o Trem.

Começo a achar que meu colega tem razão: Todos deveriam se juntar, ir para o Galeão e nunca mais voltar...

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/2/metro_mp_quer_limitar_venda_de_bilhetes_65441.html

Abs, Ivan

Metrô Rio é condenado a indenizar passageiro após ficar parado durante uma hora
02/06/2009

A Justiça carioca condenou o Metrô Rio a pagar indenização moral de R$2.000 a um passageiro que ficou parado dentro de um vagão por uma hora. De acordo com o juiz Thomaz de Souza e Melo, relator do processo, a decisão tomada foi a favor do autor da ação, pois “o contrato de transporte enseja uma prestação de serviços, que deve ser segura e eficaz” não foi cumprido.
Segundo Mario Elias Barroso, no dia 19 de maio de 2008, enquanto fazia seu trajeto em direção à Zona Norte, foi surpreendido com a parada do trem, lotado e sem ar condicionado, que levou uma hora para voltar ao funcionamento normal.
O passageiro ainda informou em seu relato que a companhia metroviária recusou-se a devolver o dinheiro referente à passagem. Conforme a sentença do juiz, “insta realçar que os fatos ora narrados geraram tensão, ansiedade e angústia ao consumidor” —sendo assim, foi decidido que Barroso merecia ser ressarcido.
Sem sucesso, a concessionária que administra o metrô alegou em sua defesa que o acidente decorreu de caso fortuito, por conta de problemas técnicos com o sistema de ar comprimido.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Um Olhar Diferente

Quando entro no MSN e minha amiga Karla fica on-line, aparece sempre a mensagem que ela colocou em seu perfil:
"Quando mudamos o olhar, o mundo inteiro se transforma" Essa frase as vezes me faz viajar...

Mas... O que é isso ? O que o Lama quis dizer? Nessa prática de ver o mundo com uma visão diferente, o que mudou na sua vida ?

Não deve ser fácil aprender, mas parece ser necessário (e urgente ) aprender a ter uma outra visão diante das coisas, da vida e dos seres humanos.

Até porque, percebo que aqueles que estão mais próximos de nós são os que pouco vemos. Olhamos sem enxergar, sem observar, vai no automático: "Bom dia!", "Tudo bem?","Como vai?"...

Dificilmente olhamos nos olhos para perceber alguma coisa... Pois é por aí que encontramos a ponte para o coração.

É por onde percebemos com a visão do amor o que esta acontecendo dentro de nós.
Mas a rotina implacável do dia-a-dia, não nos deixa ver, perceber e nem sentir. E o que é pior, deixamos de viver os momentos mais lindos e mágicos que a vida nos presenteia. Por exemplo, você arruma seu filho para ir para a escola. E além de arrumá-lo, ainda consegue tempo para um questionário imenso: "Já fez a lição?", "Escovou os dentes?", "Não vá se sujar!", "Me espere no carro!", Não é isso?

Você, simplesmente entrega-o no colégio como se entregasse uma pizza. No caminho para o colégio, nem sequer pergunta: "Está feliz, meu filho?", "Quero que vc tenha um dia bem alegre com teus amigos ai na escola", "Como vai aquele seu amigo?
Gostei muito dele!", "Diz que mandei um abraço pra ele", "Papai (ou mamãe) te ama!", "Tchau!! Ficarei com muitas saudades, até mais tarde".

Na volta para casa ou na ida para o trabalho, leve consigo a lembrança mais linda do seu filho... A felicidade simbolizada por um sorriso, a felicidade estampada em seus olhos, e principalmente com a felicidade e a paz que ficou no coração de vocês.

E com os amigos? Com nossos amigos é a mesma coisa... Certa vez, conversando em um bar com minha amiga do peito (no bom sentido):-) Suely e com meu amigo Wellington, a respeito do "destino" ou dos " desencontros ", "decepções", "desentendimentos " ou " frustrações "... Ela, sabiamente, falou: "Agradeça a Deus por tê-lo(a) colocado em sua vida, mesmo que tenha sido por um "tempo". Com certeza, essa pessoa lhe trouxe bons momentos, o que lhe deu ótimas lembranças".

É verdade... Ela tem razão. As vezes, por fatores mencionados acima, esquecemos de olhar com os olhos do coração, o quanto esse amigo(a) te fez feliz.

Quanto tempo de sua vida ele(a) dedicou a sua atenção sem te pedir nada em troca. Queria apenas sua presença, sua amizade e seu carinho. Nossos olhos, acostumados a não ver com o coração, não percebemos que o mais importante, é quando muitas vezes, no silêncio, podemos ver tantas coisas com o olhar diferente... Com o olhar da alma

Um abraço nos deixa mais fortes, mais felizes, pôr que ? Porque desta forma, olhamos com os mesmos olhos que Deus olha para nós.
Olhar do amor, do compreender as necessidades do outro. Desta forma, você terá mais um ingrediente para a sua facilidade!! Para isso, basta aprender a olhar com os olhos do coração... Com os olhos da alma...

Não é por causa de "distâncias" que deixamos de ser amigo. Se fosse assim, os amigos que se mudam para longe passariam a ser estranhos. O que não é verdade...

Por isso, aproveite os momentos entre amigos...
Ria, divirta-se, confraternize, brinde o mais que puder. Pode ser que daqui a algum tempo, vocês percam o contato por diversos motivos, ou até mesmo, por morte. Mas, com certeza, você terá belas recordações e histórias para contar. Aproveite!

Agora eu quero ver você olhando assim.
Vou ficar muito feliz!!


"Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação" - Mário Quintana

" ... A mais bela ponte construída no planeta é a distância entre um olhar e outro ... '' - Mario Prata

"Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre." - Paulo Coelho

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Lembranças...


Aproveitando a noite chuvosa do dia 26/12, continuei a tarefa de "destralhar" meu armário e tentar jogar fora o máximo de trecos possíveis.

Nada demais, até achar uma pasta antiga, velha e empoeirada e abrir para ver que "lixo tem ali"... Para a minha surpresa, o lixo não era lixo, era um tesouro, verdadeiros fragmentos de uma vida... Minha vida...

Não deu outra: sentei no sofá e comecei a ler... Cara! Foi emocionante... Confesso que fiquei meio sem-graça, por não lembrar de todos os nomes que estavam ali na minha frente... E pelo o que li, eu tinha a obrigação de lembrar...

Nessa releitura do passado, vi que eu era exatamente como sou hoje e continuo o mesmo de antes. A diferença é que agora eu sei por quê... Em todas as cartas que li, sempre um mesmo pedido e parece que foi até combinado antes: Não mudar. Palavra estranha, talvez a mais difícil do meu dicionário pessoal e, certamente, mais complicado do que entender o pensamento feminino...

O legal é que senti vida e emoção, lendo cartas amareladas e rasgadas pelo tempo, emoções que e-mails e torpedos não transmitem hoje em dia... Antiquado ? Talvez... Mas minha geração cresceu sem computador, celular, internet... Apesar que essas opções não lhe faz espirrar, né? :-)
Após ler as cartas de manifestações de carinho e agradecimento, percebi que até hoje continuo o mesmo:

1 - desligado com o que acontece a minha volta – Achei uma carta de uma menina reclamando porque eu não percebia que ela gostava de mim; (tóim)

2 - respeitava todos, inclusive os mais velhos. Alguns me chamavam de milico por causa disso;

3 - Relembrei apelidos esquecidos pelo tempo como Any Lega meu ( era assim que um "amigo" de 4 anos de idade me chamava quando me encontrava na portaria ou no corredor. A tradução da mãe dele seria o seguinte: “ Ali colega meu" , dentre outros;

4 - percebi que sempre tive muito mais amigas do que amigos - pelo visto sempre será assim...;

5 - constatei que eu era considerado por alguns, mais irmão, do que os próprios irmãos das amigas(os);

5 - sempre tive dificuldades de expressar sentimentos;

6 - a timidez continua a mesma: não aumentou nem diminuiu...

Achei tb uma prova "macabra" de programação em Turbo Pascal... Apenas uma pergunta valendo 10, respondida em mais de 10 folhas frente e verso. E o carrasco que aplicou essa prova, o João Marcos, é meu amigo até hoje... Inclusive, a fase IBPI merece um post.

Na verdade, minha pasta vai além dela mesma, pois também guardo fitas que mixei e gravei no CrazyPirateStudios (com produção e seleção de Ivan Ferreira, com direito a capinha incrementada feita no MSX e impressa na impressora matricial Epson LX-80... Eu gravava essas fitas, sempre que a turma inventava um Hi-Fi (festinha que os amigos marcavam de vez em quando) E eu, era o DJ, mandando nos vinis e nas fitas K7. Era o melhor lugar da festa, ainda mais para um tímido...

Como disse antes, ouvir as fitas ou ler as cartas é viajar no tempo, reviver épocas, locais e amores. E lembrar dos LPs, dos equipamento de som, banda...

Cartas que escrevi, agendas em que anotei e me confidenciei amores adolescentes.

Tudo ainda guardado.

Mas talvez, o maior presente seja que de algumas das anotações e cartas recebidas, as pessoas que as escreveram pra mim ainda são amigos meus.

E esse é o maior presente. Pessoas que saíram do Brasil ou mudaram de Estado, estão pelo Estados Unidos, Europa, Sampa, Manaus, MG, milhares ou centenas de KM de distância e a amizade e o carinho presentes.

Isto, sem dúvida, é a materialização daquele desejo adolescente, que a gente sente ao término do 2o. grau, quando vê cada um da sua turma seguir caminhos diferentes e não quer perder contato.

Essa sem dúvida é uma grande realização e felicidade de minha vida, de não ter perdido o contato com muitos e, mais que isso, que até hoje faça sentido reunir a todos os amigos para um brinde e chamá-los de turma, um substantivo coletivo que significa carinho, senso comum, amizade, unidade e companheirismo. Seja no Pinto Lima, Raul Vidal, Cejota, Prolem, Universo, UFF, Casi16, Condor Filmes, HJM, Petrobras, GSR, Giovanni, IBPI, etc...

Para eternizar tudo isso, ainda vou criar coragem e pedir para a minha amiga Érika para scanear para mim, aos poucos, e vou guardar os originais numa pasta, como todo o cuidado e carinho que elas (as cartas) merecem...

Agradeço a Deus por aquela noite, ele conseguiu transformar a noite chuvosa numa das mais legais da minha vida... E eu que havia reclamado com ele, momentos antes, achando o dia chato...

Essa foi a forma de extravasar as emoções, já que a hora não me permitia ligar para ninguém e não havia mais ninguém na minha casa...

E você? Ainda tem guardadas as suas cartas? Aproveite um dia para reler... Muito bom... Lembranças boas? Ruins? Não as jogue fora... São suas! É a sua vida que está ali ! pelo menos uma parte dela...


"Um homem sem lembranças é um homem perdido." (Armand Salacrou)

"Chega uma época em que nos damos conta de que tudo o que fazemos se transformará em lembrança um dia. É a maturidade. Para alcançá-la, é preciso justamente já ter lembranças." (Cesare Pavese)

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

A Moça no Metrô

Estava eu semana passada, voltando para casa, no metrô do Rio de Janeiro, em mais um dia normal, como outro qualquer. Eu permanecia sentado em uma cadeira, lendo minha revista normalmente, como sempre costumo fazer, quando, na estação Botafogo, entra uma moça no vagão. A mulher, de aparência humilde, passaria despercebida em meio aos outros passageiros, já que, em um único dia, milhares de pessoas iguais a ela se utilizam do mesmo transporte público, entretanto, não foi isso que aconteceu.


Quando a composição começou a andar, o silêncio que tomava conta do carro deu lugar a uma voz segura e decidida. A cidadã, então, começara a narrar uma parte da história de sua vida. Ela contou que havia chegado de Brasília, há cerca de três semanas, com seus dois filhos, um com dois anos e outro com oito.

- Eu pensava que iria conseguir rapidamente um emprego, mas até agora nada – desabafou a mulher.

Ela acrescentou, ainda, que sua criança mais nova era alérgica a lactose e, por isso, só podia tomar leite de soja, cuja lata custava cerca de 15 reais. O valor já é uma verdadeira exorbitância para qualquer trabalhador, imaginem, então, para uma dona-de-casa desempregada.

Após expor o seu caso, que era atentamente acompanhado por todos ali presentes, a moça falou:

- Já deixei meu currículo em várias empresas, porém, não posso ficar esperando que eles me telefonem. Tenho dois meninos para alimentar e não consigo chegar em casa de mãos abanando. Por favor, se alguém tiver qualquer serviço para eu fazer é só falar que eu vou agora com você! Pode ser uma faxina, uma roupa pra passar, um banheiro pra lavar. É só falar que eu vou agora!

Apesar de não ter pedido dinheiro, mas sim uma forma digna de ganhá-lo, um senhor logo puxou uma nota de 10 reais e deu para a mulher. Em seguida, diversos outros passageiros, comovidos com o relato, ofereceram cartões, com indicações de trabalho, dinheiro, e até pequenos lanches.

- Leva para o seu filho – falou uma senhora, entregando-lhe alguns pães de queijo.

A história dessa cidadã, que migrou da Região Centro-Oeste para uma grande metrópole, em busca de melhores condições de vida, é algo cada vez mais comum no país em que vivemos. Centenas de pessoas deixam suas origens, em diversas regiões do Brasil, em direção às regiões Sul e Sudeste, com o bolso vazio e o coração cheio de esperança.

A diferença no caso dessa desesperada dona-de-casa com outras pessoas, que também se encontram em dificuldades financeiras, está na atitude, fazendo-nos refletir. Ao mesmo tempo em que o governo se preocupa em oferecer auxílios, como o "Bolsa Família", ele se esquece completamente que o povo precisa mesmo é de oportunidades, de emprego, onde possa receber dignamente por seu próprio esforço.

Hoje, essa moça voltou para casa com alguns trocados a mais, contudo, o leite de amanhã de seus pequenos filhos, ainda é uma incerteza.


"A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana."
( Franz Kafka )

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um pão doce, por favor

Engraçado como conhecemos pessoas de bom coração em lugares que não imaginamos...


Quase todo dia compro pão na mesma padaria, até porque, ela é próxima de casa e já sei mais ou menos, o horário do famoso pão quente.

Quando não estou com meus filhos e vou sozinho, fico observando à minha volta, tentando reparar algo novo num mesmo lugar que frequento... Certa vez, resolvi reparar no "humor" dos funcionários da padaria e sempre que aparece um funcionário próximo a mim, dou um cordial "olá" e faço meu pedido, dentre os funcionários, reparei que alguns estão sempre contentes, outros, as vezes estão e outras vezes não e um ou outro, sempre estão "sérios" ou descontentes.Ainda não sei distinguir pessoas sérias (sisudas) de pessoas momentaneamente aborrecidas... Mas estou tentando aprender a ler os olhos das pessoas. Eles sempre dizem tudo o que precisamos saber...

Separando esses 3 grupos, resolvi me ater nos funcionários que estão sempre contentes. Não discriminando os outros, fiquei curioso em saber o que os motivam tanto. Entre tantas idas e vindas à padaria, acabei fazendo "amizade" com uma senhora do caixa e um balconista. A do caixa é difícil de conversar, pois ela não pode dar muita atenção, até porque, lida com dinheiro. O Balconista, acaba puxando conversa e é mais fácil de conversar, mesmo que rápido.

O Balconista, Zé*, sempre me ajuda na escolha do pão doce. Sempre que vou à padaria, tenho que comprar um pãozinho doce. Certa vez ele brincou comigo, dizendo que isso engorda mais do que a cerveja, ainda mais nessa hora (22h00). Então expliquei que não era para mim, e sim, para minha mãe que ficou com vontade. A velhinha é viciada em pão doce! :-) Mas como ele ajuda ? Ele diz quais são os "melhores do dia", os mais frescos, etc. Aí pensei, que maneiro!Ao invés de ele me empurrar os mais "passados", ele é honesto em dizer os que ainda estão bons.


- Mas hoje vc veio tarde, seu Ivan, falou ele. - Que nada, disse eu, completando: Hoje cheguei cedo em casa, por volta das 19hs. Quando dá umas 22hs, vejo minha mãe rodeando a cozinha, como se procurasse algo. Dei pausa no filme, me levantei e fui ver o que era. Perguntei o que ela queria, mas ela disse um simples "nada". Pensei o que poderia ser, então, coloquei uma roupa e vim aqui, pois acho que minha mãe quer um pão doce e ficou sem graça de me pedir, pois já me viu deitado. O balconista ficou parado, me ouvindo atentamente, ficou em silêncio por algum tempo, quando me indagou: - Porque você não leva esse para a sua mãe? peguei os trocados no meu bolso, mas fui praticamente sem dinheiro para a padaria, deixei até minha carteira em casa. Contei as pratas e disse: - Não dá, vou levar o de sempre mesmo, praticamente nem contei direito as pratinhas. - Que isso! Disse ele, ela vai adorar esse e além do mais, você veio aqui depois de estar descansando? Não, leve esse! Eu falo com a moça do caixa e você paga na próxima vez que vier aqui. Ou melhor: Toma! pegue essa moeda de R$ 0,50 centavos para completar e depois vc me paga. Tentei recusar mas foi em vão...

Minha mãe? Nossa ! AMOU o pão e ADOROU por eu ter "adivinhado" o que ela queria, mas não tinha coragem de pedir, pois sabia que eu iria...


Dois dias depois, volto à padaria, para pagar o "empréstimo". Era tarde novamente, havia tomado uma cerveja com meus amigos. Chegando na padaria, estavam uns poucos clientes saindo. Um dos mal-humorados funcionários jogava água, lavando o chão, enquanto uma outra usava o rodo para conduzir a água com sabão para fora. Olho pro balcão e lá está ele, cantarolando, mesmo tendo ficado mais de 10hs trabalhando e ainda chega um "chato" como eu, quase na hora de fechar para comprar pão.



Em casa, refletindo, acho que a motivação vem do prazer de poder ajudar alguém, mesmo com limitações... Veja que ele me ajudou com R$ 0,50. Será que fez falta para ele? Quando eu ganhava salário mínimo, qualquer pratinha me fazia falta... Não deve ser muito diferente de hoje.
Na verdade, ajudou mais a minha mãe mesmo ele sem a conhecer... Se pensarmos friamente, o que ele ganha com isso? O patrão não pode ver que ele faz isso, não ganha comissão por venda de pães e ele age como se fosse o dono (ou o dono deveria agir como ele ?). Então? alguém me explica? Boa índole? Honestidade? Respeito e preocupação ao próximo? Consciência sempre tranquila?

Atos como esse somente demonstram que não precisamos fazer coisas milaborantes para ajudar alguém... Quase sempre, os atos mais simples, são os que mais surtem efeitos... Algo que não tem preço e nem a Credicard paga...

"O óbvio é aquilo que nunca é visto até que alguém o manifeste com simplicidade."
--Kahlil Gibran


Beijos, Abraços e fiquem com Deus.
Ivan

* Nome foi trocado